Cavalos usados em charretes na ilha de Maiandeua, no PA, recebem vacinação e atendimento veterinário
22/08/2025
(Foto: Reprodução) Projeto Carroceiros, no Pará.
Reprodução / UFRA
Cerca de 160 cavalos, burros e jumentos usados na locomoção de moradores e turistas da ilha de Maiandeua, no nordeste do Pará, começam a receber atendimento veterinário e vacinação antirrábica entre os dias 21 e 23 de agosto.
A ação faz parte da XXVII edição do Projeto Carroceiro, desenvolvido pela Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra).
De acordo com os organizadores, os atendimentos serão realizados em três pontos da ilha:
Algodoal,
Fortalezinha
e Mocooca
Os atendimentos serão no horário de 8h às 16h, com encerramento no sábado, às 12h. Um grupo de 15 profissionais e estudantes do projeto é responsável pelos trabalhos.
O coordenador do projeto, professor Djacy Ribeiro, explicou que a ida à ilha ocorre todos os anos, após o período de férias, a pedido do Ministério Público e do Ideflor-Bio. O objetivo é avaliar a condição dos animais que trabalham durante a alta temporada.
“A situação de saúde dos cavalos tem se mantido estável, mas sempre recomendamos melhorias, como a contratação de um veterinário fixo para a ilha, já que esses animais são fundamentais para o turismo local”, afirmou Ribeiro.
Maiandeua é uma Área de Proteção Ambiental (APA), onde veículos automotores não são permitidos. O transporte é feito principalmente a pé ou em charretes puxadas por animais.
Durante a ação, serão realizados atendimentos clínicos, aplicação de vermífugos, controle de parasitas, curativos e microchipagem. Nesta edição, a novidade é a vacinação contra raiva nos herbívoros da ilha.
Segundo o professor, a medida foi adotada após a equipe observar animais com sinais de mordeduras de morcegos hematófagos, que podem transmitir o vírus da raiva. “A raiva em cavalos não tem cura, causa sintomas neurológicos e leva à morte. Por isso, nossa ação é de prevenção”, disse.
Embora a doença transmitida pelo cavalo não represente risco direto para humanos, os morcegos infectados podem ser vetores para pessoas. Durante a atividade, um técnico da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) também faz coletas de morcegos na região para exames laboratoriais.
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